De visita a uma residência universitária no Porto, Mariana Mortágua criticou as falhas do PS em matéria de alojamento e garantiu que as medidas para combater a crise na habitação vão ser centrais em qualquer entendimento pós-eleitoral à esquerda.
Entre os estudantes da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP), a líder do Bloco de Esquerda é quase uma estrela de rock. “Estamos todas a tremer”, confessa uma estudante entre abraços e selfies.
"Ter a presença de uma mulher com tanta garra - que para muita gente é atribuída à arrogância, porque vem de uma mulher - é extremamente importante para nos afirmarmos”, destaca outra estudante.
As mulheres estão em maioria numa universidade onde, como em todas as outras, falta alojamento: há apenas dois mil lugares em residências para 37 mil estudantes.
Mariana Mortágua ouviu os testemunhos de quem não consegue encontrar pagar casa, nem sequer longe da faculdade, ou se vê obrigado a viver em espaços sem condições.
E responde com as bandeiras do partido: criar alojamento em edifícios públicos, limitar as rendas e travar alojamento local.
"É lógico que as medidas para combater a crise da habitação estarão no centro de qualquer entendimento numa maioria com a esquerda”, assegura a bloquista. “Elas são essenciais, hoje, para transformar o país e para combater a crise.”
Na reta final da campanha as sondagens sugerem que o partido não está a descolar, mas para Mariana Mortágua “valem o que valem”.
“Lembramo-nos do que aconteceu nas últimas eleições”, nota.