Todos os municípios da Grande Lisboa, na maioria concelhos da Península de Setúbal, e os da Área Metropolitana do Porto tiveram uma desaceleração do preço mediano da habitação nos últimos três meses do ano passado.
Mesmo com a desaceleração, estas regiões continuam a ser locais onde é caro viver, como é o caso de Lisboa, Cascais, Oeiras e Porto que mantêm os preços mais elevados de todo o país.
Os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) mostram que o valor central da habitação é agora mais baixo.
Esta tendência de descida não se verifica em todo o lado, na Maia e em Vila Nova de Famalicão o preço mediano do metro quadrado subiu entre os 6% e os 7%.
Em termos nacionais, e face ao ano de 2023, o valor mediano das casas aumentou mais de 8%, o metro quadrado ficou assim acima dos 2.600 euros.
No entanto, as dificuldades de comprar casa não fazem abrandar, pelo menos de forma significativa, os pedidos de crédito à habitação. Os dados do Banco de Portugal, divulgados esta terça-feira, mostram que o endividamento das famílias continua a aumentar.
A subida das taxas de juro pressionou as famílias com crédito à habitação nos últimos dois anos. Meio milhão de contratos estiveram mesmo à beira do incumprimento em 2023, um número que quadruplicou face ao ano anterior.