Mantêm-se os receios de escalada de violência no Médio Oriente por causa da ameaça do Irão a Israel. O Kremlin desaconselhou as viagens para Israel. A Lufthansa anunciou o cancelamento de todos os voos de e para Teerão. Em causa está a ameaça do regime iraniano de responder ao ataque que, no início do mês, atingiu o consulado do Irão na capital síria.
Depois das críticas à forma como o primeiro-ministro de Israel está a conduzir a guerra em Gaza, esta quinta-feira, Joe Biden deixou claro que, perante a ameaça de um ataque do Irão, o apoio de Washington a Telavive é inabalável.
A declaração do presidente dos Estados Unidos surge na sequência das ameaças de retaliação lançadas pelo Irão.
Nesta intervenção, o líder supremo iraniano deixa implícito que o país pode visar Israel, ao dizer que o ataque israelita ao consulado iraniano em Damasco equivaleu a um ataque direto ao Irão.
O Kremlin pediu contenção ao aliado iraniano e desaconselhou os cidadãos russos a viajar para Israel.
A companhia aérea Lufthansa cancelou, entretanto, todas as ligações a Teerão.
Com esta nova frente de guerra no horizonte, as forças israelitas lançaram, esta quinta-feira, uma ofensiva terrestre no centro da Faixa de Gaza, depois de dias de bombardeamentos aéreos
e de um ataque que atingiu o carro em que seguiam três filhos e três netos do líder da ala política do Hamas.
Apesar de Ismail Haniyeh ter declarado que estes acontecimentos não iriam afetar as negociações que decorrem no Cairo, o ataque, que terá sido realizado sem o conhecimento das chefias militares, está a ser encarado por uma parte da opinião pública de Israel como mais um obstáculo a um acordo que permita a libertação dos reféns.