O sino lembra a quem visita Folgosinho, que tem de haver sempre tempo para uma subida ao castelo. E o caminho revela logo uma das surpresas. A estrutura está no topo de um afloramento não de granito, mas sim de quartzo.
E essa não é a única estranheza causada pelo local. As ameias e as torres são diminutas. E o diâmetro de apenas 10 metros denuncia que este é um património mais recente do que poderia parecer.
Ainda assim, este castelo não perde o brilho e é um dos locais mais visitados no concelho de Gouveia.
Do castelo de Linhares da Beira vigiava-se e protegia-se o norte da linha marcada pelo Mondego, ou não estivesse a mais de 800 metros de altitude. A origem perde-se no tempo. Certo é que D. Afonso Henriques atribuiu um foral em 1169.
Mas o compasso do tempo marcado pelo relógio mecânico instalado numa das duas torres, visitáveis por grupos com marcação, recorda o crescente esvaziar de importância da localidade até ter perdido o estatuto de concelho.
Hoje o castelo coroa uma terra que tenta reconquistar gente, que encha novamente as ruas, através da rede das aldeias históricas de Portugal.