A polícia israelita lançou gás lacrimogéneo junto à mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém, durante as orações desta madrugada, que marcaram o início do fim do Ramadão. Telavive diz que foi uma resposta a palavras de incitamento à violência. Ao contrário do habitual, o local esteve muito mais vazio devido a restrições impostas por Israel.
Foi a primeira vez desde o início do Ramadão que as forças de segurança israelitas intervieram diretamente na Mesquita de Al-Aqsa.
O gás lacrimogeneo lançado por um drone foi dirigido a uma multidão de fiéis muçulmanos que se tinha juntado depois das primeiras orações desta sexta-feira, a última e mais importante do mês sagrado para o Islão.
Telavive diz que foi uma resposta a cânticos provocatórios.
Apesar deste episódio e da detenção de oito palestinianos, ao contrário do que se temia por causa da guerra em Gaza e da tensão na Cisjordânia, o dia decorreu sem registo de incidentes mais graves ou violentos nesta zona de Jerusalém oriental tão importante para as religiões muçulmana, judaica e cristã.
Mas ao contrário do que é habitual, sobretudo em períodos mais pacíficos, o terceiro lugar mais sagrado do mundo para os muçulmanos esteve muito mais vazio por causa das restrições impostas pelo Governo israelita. O meio milhão habitual deu lugar a cerca de 120 mil pessoas.
Muitos fiéis ficaram retidos nos postos de segurança erguidos pelo exército israelita à volta de Jerusalém. Muitos acabariam por rezar ali mesmo, sem conseguir chegar a Al-Aqsa.