O polícia que matou o alegado raptor em Benfica vai responder em tribunal por três processos. O polícia já foi reintegrado na PSP, mas sem a arma de serviço que usou no crime. A arma de fogo foi apreendida e ainda está a ser examinada pelos peritos da Polícia Judiciária (PJ).
O agente da PSP com cerca de 50 anos e um filho é, segundo o que a SIC apurou, recém formado em Direito e sempre teve boas avaliações e um comportamento exemplar.
Há três meses passou a dar apoio à atividade operacional do Corpo de Segurança Pessoal, que funciona na dependência da Unidade Especial de Polícia.
Durante 20 anos, o polícia tinha a responsabilidade de proteger altas entidades, órgãos de soberania e outros cidadãos alvos de ameaça.
Na madrugada de segunda-feira, segundo as primeiras informações, terá sido sequestrado na zona de Algés, onde terá sido levado, primeiramente, para um descampado, com uma paragem forçada num multibanco, e depois para Benfica onde morava.
Terá sido num prédio, usado em exclusivo por agentes da PSP, que terá disparado a arma de serviço direto ao coração do assaltante, que teve morte imediata.
Uma mulher alegada cúmplice do assaltante aguardava dentro do carro, à porta do prédio, tendo acabado por ser detida.
Qual o local exato do crime?
Fonte da investigação revela à SIC que o sequestro terá afinal ocorrido por volta das duas da manhã, no Parque do Jamor junto ao Estádio Nacional, e não em Algés.
O passo seguinte terá sido Benfica sob ameaça de uma arma de fogo, que afinal era falsa.
A mulher, que agora se encontra em prisão preventiva, falou num encontro sexual consentido.
O caso está a ser investigado e o agente da PSP conta já com três processos:
- um corre no Ministério Público (MP) por um crime de homicídio, mas em legítima defesa;
- outro, é de natureza disciplinar e terá sido aberto pela própria PSP logo no dia seguinte;
- e o terceiro é da Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI).