Os produtores de cabrito dizem que o preço de venda continua a não pagar a subida das rações, e sem grandes soluções, muitos optam por levar os animais para o pasto.
Desde sempre o pequeno rebanho fez parte da vida de Abílio, que decidiu manter a tradição que herdou do pai. Mesmo quando foi preciso recomeçar do zero, depois do incêndio de 2017 ter destruído o curral e todo o rebanho que tinha.
“Nunca larguei estes animais. Tenho uma paixão. Não tenho domingos, sábados, nem dia de Natal, nem de Ano Novo. Mesmo que chova, eu ando aí com elas à chuva”, disse, à SIC, Abílio Veríssimo.
Agora, mantém perto de 50 cabeças, com algumas ovelhas pelo meio. Um rebanho criado a pensar na procura de cabritos, que é muito mais forte no Natal, mas que tem também muitos clientes nesta altura da Páscoa
Diz o produtor, que o preço está longe de acompanhar a subida das rações. A única solução é todos os dias levar o rebanho para o pasto, onde nesta altura do ano não falta alimento para os animais.
No verão há ainda mais trabalho. Com menos erva para o pasto é preciso também semear para garantir a alimentação do pequeno rebanho.