Foi mais uma madrugada de sobressalto na Ucrânia. A capital, Kiev, foi alvo do maior ataque aéreo das últimas semanas.
O ritual tornou-se quase obrigatório. Os primeiros alertas de ataque aéreo arrancam a cidade da cama e levam centenas para os corredores do metro. Não há tempo para quase nada, apenas para resgatar o mais importante.
Trazem também cobertores e colchões para enganar o sono. Outros, telefones e livros para se tentarem abstrair do que está a acontecer lá fora.
O choque está à flor da pele. Quem não conseguiu escapar ainda processa o sobressalto.
O comando militar da Ucrânia diz ter abatido os mais de 30 mísseis lançados durante a madrugada, mas só a queda de destroços foi suficiente para semear a destruição.
Há feridos, sérios danos materiais e quem não saiba onde vai passar a próxima noite.
O maior ataque a Kiev em quase dois meses voltou a trazer o estado de guerra a três bairros da capital. Voltou ainda lembrar que a linha que separa a vida e a morte parece cada vez mais ténue.