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Condenada a oito dias de prisão mulher russa que escreveu "Não à Guerra" em boletim de voto

A mulher "pegou num boletim de voto e escreveu "Não à guerra" no verso com um marcador vermelho, antes de colocar o boletim de voto na urna", esclareceu em comunicado o tribunal distrital de Dzerzhinsk, em São Petersburgo, a segunda maior cidade da Rússia.

Condenada a oito dias de prisão mulher russa que escreveu "Não à Guerra" em boletim de voto
AP

Um tribunal russo condenou esta quinta-feira uma mulher a oito dias de detenção por ter escrito "Não à guerra" no seu boletim de voto nas eleições presidenciais que resultaram na reeleição de Vladimir Putin, noticiou a AFP.

A mulher "pegou num boletim de voto e escreveu "Não à guerra" no verso com um marcador vermelho, antes de colocar o boletim de voto na urna", esclareceu em comunicado o tribunal distrital de Dzerzhinsk, em São Petersburgo, a segunda maior cidade da Rússia.

O tribunal considerou que a arguida tinha, desta forma, "degradado a propriedade do Estado e desacreditado as forças armadas russas" e condenou-a a uma multa de 40.000 rublos (cerca de 400 euros) e a oito dias de prisão administrativa.

Reeleição de Vladimir Putin

Vladimir Putin foi reeleito no domingo com uma percentagem muito elevada, que foi denunciada como "sem relação com a realidade" pela oposição no exílio.

Os membros da oposição conseguiram, no entanto, mostrar o seu apoio reunindo-se nas assembleias de voto ao meio-dia de domingo, o que provocou longas filas em alguns locais, nomeadamente em frente às embaixadas russas no estrangeiro.

Outros invalidaram os seus boletins de voto escrevendo neles o nome do opositor Alexei Navalny, que morreu na prisão em fevereiro.

De acordo com a organização não-governamental (ONG) OVD-Info, especializada no controlo da repressão, 119 pessoas foram detidas por várias ações de protesto durante as eleições presidenciais russas.

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