Há 28 mil espécies descritas nas profundezas marinhas. Estima-se que haverá entre 1 e 2 milhões de espécies por descobrir. Ameaçadas, mesmo antes de as conhecermos, por atividades humanas.
Atividades como a exploração mineira do mar profundo "terão impactos tremendos", que ainda não conseguimos sequer antecipar na totalidade. Em janeiro, a Noruega tornou-se o primeiro país do mundo a autorizar mineração em águas nacionais.
É tão urgente saber mais sobre o mar profundo que as Nações Unidas pediram em 2018 este esforço conjunto à comunidade científica internacional. A bióloga marinha Ana Hilário coordena, em conjunto com uma investigadora britânica, o ambicioso programa internacional Challenger 150. Investigadores de 140 instituições de 52 países juntaram forças. Pretendem gerar conhecimento que permita nortear melhores decisões políticas.
Ana Hilário guia-nos pelos fascínios e abismos da zona profundamente desconhecida entre os 200 e os 11.000 metros abaixo da superfície do oceano.