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“Quase todas as doenças começam no intestino” e há muito que podemos fazer

Chamam-lhe o segundo cérebro. E a ciência tem vindo a confirmar o papel fulcral do intestino na saúde física e mental. É no intestino que se concentra mais de 90% da microbiota humana: os micróbios benéficos que comandam a nossa saúde e até o nosso estado de espírito.

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A investigadora Ana Margarida Almeida quer usar esses micróbios benéficos para prevenir e travar um dos tumores mais frequentes em Portugal.

Uma microbiota desequilibrada está hoje claramente associada ao surgimento e à progressão de tumores. Desequilíbrios na microbiota estão também associados a doenças como Parkinson, Alzheimer ou autismo e a transtornos na saúde mental como depressão e ansiedade. Maior incidência de asma ou diabetes tem sido também associada ao desaparecimento de micróbios benéficos dos intestinos.

Resumindo: "Quase todas as doenças têm algum tipo de associação com a microbiota intestinal".

Foi recentemente aprovado, nos Estados Unidos, o primeiro medicamento oral baseado em microbiota humana. A investigadora Ana Margarida Almeida vê uma porta aberta para novas aprovações, também na sua área: esses micróbios benéficos podem ser usados para prevenir e travar doenças como o cancro. Ana Margarida Almeida tem dado importantes passos nesse caminho.

A microbiota humana, esse fascinante mundo dos micróbios benéficos que nos constituem, "tem tantas espécies como a floresta amazónica". Manter a diversidade e o equilíbrio necessário à nossa saúde está, em parte, nas nossas mãos. Mas muitos desses micróbios benéficos estão "em perigo de extinção". O que podemos fazer?

Ficha Técnica:

Jornalista: Miriam Alves

Imagem: Paulo Cepa e Rogério Esteves

Edição de Imagem: Tiago Martins

Grafismo: Patrícia Reis

Produção editorial: Diana Matias

Colorista: Jorge Carmo

Direção: Marta Brito dos Reis e Ricardo Costa

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