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PCP condena ataques contra imigrantes no Porto e fala em crimes de ódio

Na madrugada de sexta-feira, ocorreram três ataques e agressões a imigrantes na zona do Campo 24 de Agosto, na Rua do Bonfim e na Rua Fernandes Tomás, no Porto. Seis homens já foram identificados e um detido.

PCP condena ataques contra imigrantes no Porto e fala em crimes de ódio
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Paulo Raimundo, secretário-geral do PCP, condenou os ataques contra imigrantes ocorrido no Porto. O líder comunista entende que os crimes de ódio que têm de ser responsabilizados.

Em declarações aos jornalistas na sede nacional do PCP, em Lisboa, após uma reunião com a Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) o secretário-geral do PCP vincou a sua posição acerca dos ataques, que diz terem sido "crimes de ódio", e reforçou que o PCP condena qualquer ato de violência. Não deixou de destacar a "atuação muito rápida das forças policiais".

Disse ainda que "ninguém pode deixar de ser responsabilizado por estar a alimentar um monstro", acrescentado que isso, inevitavelmente, contribui para que situações como estas se tornem recorrentes.

"Infelizmente este não é o único caso e eu nem quero alimentar a ligação a este ou àquele grupo porque isso é indiferente. Estamos a falar de crimes de ódio", vinca.

Os ataques

Na madrugada de sexta-feira, a PSP foi alertada cerca da 01:00 para uma agressão no Campo 24 de agosto, no Porto, contra dois imigrantes por um grupo de quatro ou cinco homens que fugiu antes da chegada dos agentes, especificou o porta-voz da polícia, indicando que os dois agredidos foram assistidos no Hospital São João.

Cerca de 10 minutos mais tarde, na Rua do Bonfim, 10 imigrantes foram atacados, na habitação onde estavam, por um grupo de 10 homens, munidos com paus e, alegadamente, com uma arma de fogo, o que a PSP ainda não conseguiu confirmar, referiu a mesma fonte.

Ainda segundo o porta-voz, pelas 03:00, na Rua Fernandes Tomás, outro imigrante foi também agredido, por outros suspeitos, sendo que um deles usava uma arma de fogo.

Na sequência destas agressões, seis homens foram identificados e um foi detido por posse de arma ilegal, tendo sido presente a tribunal e ficado em prisão preventiva. Dada a suspeita de existência de crime de ódio, o assunto transitou para a Polícia Judiciária.

Chega quer ação criminal contra Marcelo

Ainda esta segunda-feira, Paulo Raimundo abordou a notícia de que o Chega vai apresentar uma queixa-crime contra o Presidente da República pelo crime de “traição à pátria” por ter defendido reparações às ex-colónias. O líder partidário não quis aprofundar esta questão e garantiu que o partido não acompanha nem alimenta essa situação, que considera ser um mero "número político".

"Alimento para isso já há muito todos os dias, é as parangonas do telejornal... Isso não contribui para nada, só contribui para outros problemas com os quais nos confrontamos todos os dias, e com os quais nos confrontámos no sábado passado", disse.

Com Lusa

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