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Ativistas climáticos bloqueiam entrada do Banco de Portugal

De acordo com os ativistas, esta foi a primeira ação de uma onda de protestos que dá pelo nome de "Primavera Estudantil Pelo Fim ao Fóssil". Durante este período, o grupo garante que irá continuar a interromper o normal funcionamento de várias instituições.

Ativistas climáticos bloqueiam entrada do Banco de Portugal
Reprodução/Telegram Fim Ao Fóssil

Grupo de ativistas bloqueia entrada do Banco de Portugal, em Lisboa, num protesto para denunciar o investimento do Governo na indústria fóssil e a falta de investimento na "transição energética justa".

Em comunicado, o coletivo Fim ao Fóssil informa que vários estudantes bloquearam a entrada do edifício, colando-se, inclusive, às portas. Dois dos integrantes do coletivo bloquearam-se dentro das portas giratórias.

Este movimento reivindica "o fim do uso de combustíveis fósseis até 2030, e que se pare de usar gás fóssil para produção de eletricidade até ao próximo ano, utilizando antes eletricidade 100% renovável e gratuita".

De acordo com os estudantes, esta foi a primeira ação de uma onda de protestos que dá pelo nome de "Primavera Estudantil Pelo Fim ao Fóssil". Durante este período, o grupo garante que irá continuar a interromper o normal funcionamento de várias instituições, até que se comprometam a garantir o fim ao Fóssil até 2030.

"Dia 8 de junho, vamos marchar contra as instituições que nos estão a falhar. Apelamos a que toda a sociedade se junte a nós. Travar a maior crise que a humanidade já enfrentou depende da ação de todos", afirma Catarina Bio, estudante e porta-voz da ação.

Grupo garante ocupar faculdades

O coletivo informa ainda que na terça-feira se irá juntar à onda de protestos levados a cabo por estudantes, que têm ocupado faculdades em vários países, com destaque para os EUA.

Garantem que irão fazê-lo para exigir "o fim aos massacres em nome do lucro: o cessar-fogo imediato e incondicional na Palestina e fim ao fóssil até 2030 em Portugal".

"Vamos ocupar contra um sistema que está confortável em deixar milhões de pessoas morrer na Palestina e devido à crise climática. Não podemos dar paz às instituições que nos estão a falhar", afirma Teresa Núncio, também porta-voz da ação.

PSP detém ativistas

Pelas 08:45, o grupo informou que a Polícia de Segurança Pública começou a retirar e a identificar os ativistas presentes no local. Nos vídeos partilhados pelo coletivo no Telegram, é possível perceber que foram dois os elementos que acabaram detidos pelas autoridades.

De acordo com os ativistas, a polícia “recusou-se a dizer porque os estavam a deter e para onde os levaram”, acrescentando que será convocada uma vigília de apoio.

"Estávamos a fazer um protesto pacífico. Interrompemos o funcionamento de uma das instituições que nos estão a condenar, que representa a escolha das instituições de investir nos combustíveis fósseis que nos estão a roubar um futuro, em vez de na transição energética necessária para travar a crise climática." diz um dos estudantes que esteve presente no protesto.

Artigo atualizado às 10:34.

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