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Montenegro nega “saneamento político” na Santa Casa

O primeiro-ministro garante que a exoneração de Ana Jorge se deve a uma preocupação com a sustentabilidade financeira e com a ação social da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

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O primeiro-ministro recusa que esteja em curso um processo de “saneamento político” na Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. Luís Montenegro afirma que essas acusações vêm de quem pretendia manter afinidades partidárias na instituição.

Em declarações aos jornalistas, esta tarde, à margem de uma visita à Ovibeja, o chefe do Governo sublinhou que a Santa Casa “está numa situação dificílima do ponto de vista financeiro e da garantia e da salvaguarda das suas funções sociais e que foi por isso que Ana Jorge foi exonerada do cargo de provedora.

O PS acusou o Governo de demitir a provedora da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Ana Jorge, para ter uma nova direção “domesticável” e “alinhada com a tutela”.

“Vejo muita gente preocupada com uma eventual partidarização da Santa Casa”, afirmou, sublinhando que a preocupação vem mais do lado “daqueles que vão cessar funções” e que não está relacionada com o futuro da instituição.

“Não há saneamento político nenhum. Quem fala em saneamento político, porventura, queria manter a manutenção da afinidade partidária das pessoas que vão cessar funções na Santa Casa”, acusou Luís Montenegro. “Estão, se calhar, preocupados com isso. Nós não estamos, nem é por essa razão que as pessoas vão ser exoneradas”, garantiu.

“Estamos preocupados com os destinatários da ação da Santa Casa da Misericórdia, preocupados com a sustentabilidade financeira e com o trabalho social que é preciso garantir”, alegou o chefe do Governo. “Precisamos de projetar os próximos anos e recuperar uma situação que se está a tornar absolutamente insustentável.”

O primeiro-ministro sublinha ainda que é preciso encarar a substituição da provedora da Santa Casa “com normalidade”, perante a entrada de um novo Governo, que precisa de “garantir total sintonia” entre a administração da instituição e a tutela.

“É um princípio básico de boa governação”, defendeu Montenegro.

“É normal quando os governos mudam, quando as orientações políticas são novas, que haja este tipo de substituições “, alega.

Salvaguardando que “a relação entre a tutela e a atual Mesa ainda em funções será alvo de todo o esclarecimento que for necessário”, Luís Montenegro não confirma nem desmente que Pedro Mota Soares seja o nome escolhido para suceder a Ana Jorge.

O primeiro-ministro foi ainda questionado sobre a proposta de Nuno Melo para encaminhar para as forças militares os jovens que cometam pequenos delitos, mas recusou-se a falar sobre o tema.

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