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Reparações a ex-colónias: Chega vai apresentar voto de condenação às declarações de Marcelo

O partido liderado por André Ventura vai também chamar ao Parlamento o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel.

Reparações a ex-colónias: Chega vai apresentar voto de condenação às declarações de Marcelo
JOSE SENA GOULÃO/EPA

O grupo parlamentar do Chega vai apresentar um voto de condenação às declarações do Presidente da República sobre as reparações às ex-colónias. Em comunicado, o partido considera que representam uma traição ao povo português e à própria História de Portugal.

O Chega diz que, apesar dos esclarecimentos do Governo, vai chamar na mesma ao Parlamento o ministro dos Negócios Estrangeiros.


O partido liderado por André Ventura quer perceber se está a ser feito algum contacto com os países que já foram colónias portuguesas no passado e se existe algum pedido dirigido ao Estado português.

O Presidente da República defendeu este sábado que Portugal deve liderar o processo de assumir e reparar as consequências do período do colonialismo e sugeriu como exemplo o perdão de dívidas, cooperação e financiamento.

Governo responde a Marcelo: "Não está em causa nenhum processo"

O Governo afirmou este sábado que "não esteve e não está em causa nenhum processo ou programa de ações específicas com o propósito" de reparação pelo passado colonial português e defendeu que se pautará "pela mesma linha" de executivos anteriores.

"A propósito da questão da reparação a esses Estados e aos seus povos pelo passado colonial do Estado português, importa sublinhar que o Governo atual se pauta pela mesma linha dos Governos anteriores. Não esteve e não está em causa nenhum processo ou programa de ações específicas com esse propósito", refere o executivo, em comunicado da Presidência do Conselho de Ministros.

No texto, o executivo PSD/CDS-PP sublinha que "o Estado português, através dos seus órgãos de soberania - designadamente, do Presidente da República e do Governo -, tem tido gestos e programas de cooperação de reconhecimento da verdade histórica com isenção e imparcialidade".

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