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Militares ameaçam com protestos se o Governo aumentar as forças de segurança

Os militares estão descontentes perante a o tratamento diferenciado entre as forças de segurança e o exército. Se o Governo aumentar os subsídios da PSP e da GNR, sem mexer nos valores das tropas, o descontentamento pode dar lugar a protestos.

Militares ameaçam com protestos se o Governo aumentar as forças de segurança
CANVA

Depois do contestação da PSP e GNR sobre a atribuição de um subsídio de risco à Polícia Judiciária (PJ), os militares mostram-se também descontentamento com o “fosso” entre as tropas e as forças de segurança. Alertam, por isso, que se os polícias forem aumentados e os militares não, o descontentamento pode dar lugar a protestos na rua.

A Associação de Oficiais das Forças Armadas (AOFA) e a Associação Nacional de Sargentos (ANS), citadas pelo Expresso, denunciam uma “sensação de mal-estar” pelo tratamento diferenciado a vários níveis – principalmente entre as forças de segurança e os militares.

A atribuição de um subsídio de risco à PJ provocou uma onda de indignação e protesto entre a PSP e GNR, que exigem receber o mesmo valor. Se o Governo ceder às reivindicações dos polícias, mas deixar de forma o exército, o descontentamento dos militares pode escalar e concretizar-se em protestos não autorizados.

“Nenhuma ação está posta de parte”, admite António Lima Coelho, presidente da ANS, ao Expresso.

Esta situação já foi exposta ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. Uma semana depois das grandes manifestações das polícias, a direção da AOFA foi recebida em Belém, onde expôs a necessidade de os militares recuperarem rendimento em relação às carreiras a que estavam equiparados.

“O Presidente da República está perfeitamente a par de todas as matérias. E sei que está sensibilizado, embora os resultados sejam nulos”, afirma António Mota, presidente da AOFA, citado pelo semanário.

Considera, no entanto, que “o próprio Presidente está a criar uma caldeirada muito grande, porque tem vindo a público dizer que as polícias têm razão”, sem fazer qualquer referência às Forças Armadas.

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