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Protesto dos polícias no Capitólio: ministro deu indicações à GNR e PSP para abrirem inquérito

O objetivo é perceber em que circunstâncias aconteceu e quem participou na manifestação que não estava autorizada. As medidas aplicadas podem chegar até a queixas crime contra todos os agentes que forem implicados.

Protesto dos polícias no Capitólio: ministro deu indicações à GNR e PSP para abrirem inquérito
JOSE SENA GOULÃO

O ministro da Administração Interna admite que deu indicações ao comando-geral da GNR e à direção nacional da PSP para avançar com um inquérito sobre o protesto de segunda-feira no Capitólio, em Lisboa.

As medidas aplicadas podem chegar até a queixas crime contra todos os agentes que forem implicados. O objetivo é perceber em que circunstâncias aconteceu e quem participou na manifestação que não estava autorizada.

A PSP já fez saber que vai participar a manifestação ao Ministério Público. O protesto começou junto ao Terreiro do Paço, mas os manifestantes acabaram por avançar para o Capitólio, onde aconteceu o debate entre Pedro Nuno Santos e Luís Montenegro.

A PSP entende que não foi cumprido o pedido inicial de manifestação e que a deslocação até ao Capitólio não estava autorizada.

O Presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia entende que a deslocação das forças de segurança ao Capitólio foi uma demonstração da insatisfação dos profissionais, apesar de não ter acompanhado a iniciativa.

Já a Associação dos Profissionais da GNR fala numa ação espontânea e diz que não teme consequências.

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Encontro nacional de polícias adiado

Na terça-feira, a plataforma que junta sindicatos da PSP e associações da GNR elogiou a "forma pacífica" como decorreu a concentração espontânea e anunciou o adiamento do encontro nacional previsto para 2 de março.

Em comunicado, a plataforma explicou que o encontro nacional de polícias foi adiado para o "pós 10 de março, já num novo quadro político", garantindo que não irá deixar de "manter acesa a chama da legítima, justa e incontornável reivindicação".

No pós-eleições, a plataforma garante que os cidadãos podem "contar com o regresso em força" das reivindicações, alicerçadas "na exigência da reposição de uma das maiores injustiças alguma vez praticada" para com estas forças de segurança.

A plataforma garantiu também que solicitará "uma audiência imediata ao futuro líder do Governo tendo em vista, como prometido amplamente por todos, a resolução imediata desta desigualdade".

Os elementos da PSP e da GNR estão em protesto há mais de um mês para exigir um suplemento idêntico ao atribuído à Polícia Judiciária.

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