A ANA teve teve receitas recorde no ano passado que a empresa explica de forma simples: aumento de passageiros nos vários aeroportos.
Em território português são, ao todo, 10 os aeroportos geridos pela empresa ANA.
Já não é de agora que o monopólio da empresa detida pelos franceses da Vinci é contestado por muitos, incluindo as companhias low cost.
“Há duas questões: acabar com o monopólio do aeroporto ANA… Porque neste momento só aumentam as taxas. Aumentaram as taxas em Lisboa em 17% este ano e a inflação é de 4%, as taxas do Porto aumentaram 9%. Não se justifica”, afirma o CEO da Ryanair, Michael O'leary.
O impacto destes aumentos só será conhecido no final deste ano, mas as contas de 2023 foram divulgadas esta sexta feira e as receitas da concessionária bateram o recorde: 1.105 milhões de euros.
Se é certo que no pós-pandemia a rápida recuperação do sector das viagens foi surpreendente, o aumento de passageiros não explica tudo.
Passaram pelos aeroportos portugueses 59 milhões de pessoas, número que em 2023 ultrapassou os 66 milhões, significando um aumento de 12%.
Só que no caso das receitas, a variação nesse mesmo período foi de 23%, ou seja, quase o dobro.