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Israel espera por resposta do Hamas a acordo de tréguas até hoje à noite

Os Estados Unidos estão determinados a que Israel e o Hamas cheguem a um acordo de tréguas "agora", associado a uma libertação dos reféns, após quase sete meses de combates.

Israel espera por resposta do Hamas a acordo de tréguas até hoje à noite
Mohammed Salem

O Hamas tem até logo à noite para responder à proposta para um cessar-fogo de 40 dias em Gaza. Foi o prazo dado por Israel, mas com ou sem acordo, o primeiro-ministro israelita diz que a ofensiva em Rafah vai mesmo acontecer.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, deu garantias de que irá manter a guerra e avançar com a ofensiva em Rafah, no sul da Faixa de Gaza.

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EUA determinados a obter "agora" acordo Israel-Hamas

Os Estados Unidos estão determinados a que Israel e o Hamas cheguem a um acordo de tréguas "agora", associado a uma libertação dos reféns, após quase sete meses de combates, disse hoje o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken.

"Mesmo nestes tempos difíceis, estamos determinados a conseguir um cessar-fogo que traga os reféns para casa e a consegui-lo agora. E a única razão para isso não acontecer é o Hamas", disse Blinken em Telavive, num encontro com o Presidente israelita Isaac Herzog.

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Os mediadores - Egito, Qatar e Estados Unidos -- aguardavam ainda hoje que o Hamas respondesse à última versão de uma proposta de trégua, que prevê a suspensão da ofensiva israelita na Faixa de Gaza e a libertação dos detidos palestinianos em troca da libertação dos reféns raptados pelo movimento palestiniano a 07 de outubro, no ataque no sul de Israel.

Na terça-feira, Blinken já tinha instado o Hamas a aceitar "sem mais demoras" esta proposta israelita "extraordinariamente generosa".

O Hamas exige um cessar-fogo "permanente" antes de qualquer acordo sobre a libertação dos reféns, algo que Israel sempre recusou até agora, continuando a insistir na sua determinação de levar a cabo uma ofensiva terrestre em Rafah, uma cidade no sul da Faixa de Gaza considerada o último reduto local do Hamas e onde se encontram atualmente 1,5 milhões de palestinianos, a maioria dos quais deslocados pela guerra.

Durante a sua visita a Israel, Blinken deverá também pressionar o Governo israelita a permitir a entrada de mais ajuda na Faixa de Gaza, onde as Nações Unidas alertam para a fome iminente devido à escassez de alimentos.

Blinken reúne-se com Netanyahu

Hoje, o secretário de Estado norte-americano deverá encontrar-se com o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu e visitar Ashdod, um porto israelita perto de Gaza que foi recentemente reaberto para permitir a entrega de ajuda.

"Temos também de nos preocupar com as pessoas que estão a sofrer, apanhadas no fogo cruzado", disse Blinken a Herzog.

O ataque de Gaza contra Israel, a 07 de outubro, causou a morte de 1.170 pessoas, de acordo com um relatório da agência francesa AFP baseado em dados oficiais israelitas. A operação militar de retaliação de Israel na Faixa de Gaza causou 34.535 mortos, na sua maioria civis, segundo o Hamas.

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