Mundo

Protestos pró-Palestina: 800 detidos em 20 universidades dos EUA

Alguns dos manifestantes têm sido acusados de antissemitismo por palavras e cartazes a favor da eliminação dos judeus e de Israel.

Loading...

Nos Estados Unidos, cresce a onda de contestação universitária à guerra em Gaza e ao apoio de Washington a Israel. As últimas horas ficaram marcadas pela radicalização dos protestos, com a repressão das autoridades.

Aos gritos de "Palestina livre", centenas de estudantes da Universidade da Virgínia resistiram à intervenção. Em New Orleans, no Louisiana, foi também pela força que foram afastados do campus universitário os manifestantes pró-palestinianos. Já na Carolina do Norte, houve dezenas de detenções depois da ordem não acatada de dispersão de outro protesto.

Por todos os Estados Unidos, em mais de 20 universidades, foram já detidos mais de 800 estudantes envolvidos neste movimento, que exige tréguas em Gaza e o fim do apoio militar a Israel.

Na Universidade de Columbia, em Nova Iorque, onde nasceu a atual onda de contestação, há agora medidas reforçadas de segurança e começaram a ser suspensos os alunos que se mantêm acampados nos relvados. Na noite passada, foi ainda de desafio ao reitor, e um grupo barricou-se no interior e rebatizou o prédio principal da universidade com o nome de Hind, uma menina palestiniana de seis anos morta em Gaza.

Nos anos 80 do século passado, as mesmas instalações tinham já mudado temporariamente de designação em apoio a Nelson Mandela e ao movimento contra o regime do apartheid na África do Sul.

Em defesa da autonomia universitária e do poder estadual, a Casa Branca apelou já ao bom senso e deixou um alerta contra os discursos de ódio mais radicais. Alguns dos manifestantes têm sido acusados de antissemitismo por palavras e cartazes a favor da eliminação dos judeus e de Israel.

Últimas notícias
Mais Vistos
Mais Vistos do