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Hamas divulga novo vídeo de refém raptado no ataque a Israel

No vídeo, um jovem, detido há mais de 200 dias, acusa o governo de Netanyahu de ter abandonado os reféns levados a 7 de outubro pelo grupo terrorista. Aviso: este artigo contém imagens que podem ferir a susceptibilidade dos leitores mais sensíveis.

Hamas divulga novo vídeo de refém raptado no ataque a Israel
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O movimento islamita Hamas divulgou, esta quarta-feira, um vídeo com um dos reféns israelitas raptados e levados para Gaza durante o ataque de 7 de outubro, uma publicação autorizada pela família, segundo uma associação de familiares dos reféns.

Nas imagens, divulgadas no canal de Telegram do grupo palestiniano, o refém aparece sozinho, sentado numa cadeira de plástico, em frente a uma parede branca.

"Este vídeo comovente é um apelo urgente para tomarmos medidas rápidas e significativas para resolver esta terrível crise humanitária e assegurar o regresso seguro dos nossos familiares", escreveu, em comunicado, a associação Fórum de Famílias de Reféns.

Segundo a agência France-Presse (AFP), não foi possível determinar quando é que o vídeo foi gravado, mas o refém, Hersh Goldberg-Polin, refere que está preso "há quase 200 dias".

Assinalam-se 201 dias desde o ataque e tomada de reféns. No vídeo, o jovem que foi raptado durante um festival de música acusa o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu e o governo de Israel de terem "abandonado" milhares de israelitas a 7 de outubro e também de terem "abandonado" os reféns desde então.

Afirma que estão detidos "no subsolo", sem água, comida ou cuidados médicos, diz que ficou gravemente ferido no dia do ataque e mostra o antebraço esquerdo amputado logo abaixo do cotovelo.

Outros reféns já testemunharam condições de detenção semelhantes em vídeos divulgados anteriormente e questionaram as autoridades israelitas.

O ataque sem precedentes realizado pelo Hamas, em 7 de outubro, em território israelita, resultou na morte de 1.170 pessoas, segundo um relatório da AFP elaborado com base em dados oficiais israelitas.

Cerca de 250 pessoas foram também raptadas e levadas para Gaza, local onde ainda se encontram 129, segundo Israel, incluindo 34 já consideradas mortas pelo exército. A vasta operação militar de retaliação levada a cabo por Israel, na faixa de Gaza, já causou 34.262 mortos, sobretudo civis, segundo o Hamas.

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