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Entrevista SIC

Irão: Israel pede sanções internacionais e garantia "de que este regime não tenha capacidade nuclear"

O embaixador de Israel em Lisboa confirma que Telavive vai responder, mas não necessariamente através das armas. É por isso que deixa um apelo a toda a comunidade internacional, Portugal incluído.

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O embaixador de Israel em Lisboa espera que Portugal se junte à comunidade internacional para condenar o Irão. Numa entrevista em exclusivo à SIC, Dor Shipara defende que o Governo português deve apoiar sanções contra o regime iraniano, e declarar a Guarda Revolucionária iraniana como organização terrorista.

Assim que o Irão atacou Israel, esta ação foi desde a primeira instância considerada uma declaração de guerra.

“Sim, é um espécie de declaração de guerra. É uma agressão nunca antes vista. É verdade que conseguimos travar isso, devido à nossa força aérea, ao nosso sistema de defesa antimíssil e às coligações com os nossos parceiros, mas não deixa de se tratar de um ato de guerra muito grave por parte do Irão”, afirma o embaixador de Israel em Lisboa, Dor Shapira.

O Irão assumiu que o ataque de sábado foi uma resposta ao bombardeamento ao consulado iraniano em Damasco, a 1 de Abril. Um ataque que fez 13 mortos, entre eles sete elementos da Guarda Revolucionária iraniana.

“Para começar, quanto ao que aconteceu em Damasco, não sei quem o fez, pois nós nunca assumimos qualquer responsabilidade […] Não o negámos nem dissemos que fomos nós”, disse.

Acrescentou ainda: “O ataque iraniano contra Israel não é nada de novo. Foi numa escala diferente e feito de forma diferente, mas eles já nos atacam há muitos anos, sobretudo nos últimos meses, através dos seus representantes, e isso é inaceitável.”

Israel responsabiliza Irão por guerra em Gaza

Israel garante que o inimigo é só um e que é o mesmo Irão que combate há seis meses em Gaza.

"Não temos duas frentes de guerra. O Irão está envolvido nesta guerra desde o primeiro dia. Têm apoiado o Hamas desde o primeiro dia. Tem apoiado o Hezbollah no Norte, lançando mísseis todos os dias, desde o primeiro dia". Portanto, não é uma guerra nova. O Irão tem estado envolvido através dos seus representantes, desde 7 de outubro e até antes", explica o embaixador.

O embaixador de Israel em Lisboa confirma que Telavive vai responder, mas não necessariamente através das armas.

É por isso que deixa um apelo a toda a comunidade internacional, Portugal incluído.

“Primeiro, designar a Guarda Revolucionária iraniana como uma organização terrorista, porque é isso que é. Segundo, sancionar os programas de mísseis iranianos, porque senão vão apenas continuar a desenvolvê-los e a criar caos pelo mundo. Terceiro, garantir que este regime não tenha qualquer capacidade nuclear ou armas estratégicas que possam alterar toda a dimensão do mundial”, apela.

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