Solidariedade humana: um dia para refletir sobre o papel do Estado, das empresas e das instituições sociais

Solidariedade humana: um dia para refletir sobre o papel do Estado, das empresas e das instituições sociais

Hoje, quando se comemora o Dia Internacional da Solidariedade Humana (uma data celebrada desde 2005 pelas Nações Unidas), é uma boa oportunidade para olhar e refletir sobre o papel que os Estados, as empresas e as instituições privadas de solidariedade social desempenham no apoio às pessoas em situação difícil.

Portugal não é um dos países mais generosos da Europa... Pelo contrário, ocupa o penúltimo lugar dos índices de generosidade (ver artigo sobre o tema)

Os portugueses participam quando há apelos à mobilização para causas específicas, sobretudo nas áreas sociais (campanhas contra a fome ou de apoio a refugiados da guerra, por exemplo).

Mas, como sublinhava há dias o Presidente da República, o mecenato e a filantropia (sobretudo nos setores culturais, das artes e da música) estão longe de ter a importância que têm noutros países europeus ou nos Estados Unidos.

Acaba por ser o mecenato social a ter alguma relevância, sobretudo em tempos de crise.

Não fossem algumas instituições do chamado Terceiro Setor (misericórdias, IPSS, ONG, fundações) e muitos dos problemas sociais não seriam resolvidos só com os apoios do Estado.

São as entidades sem fins lucrativos que acabam por acudir a milhares de famílias em situação vulnerável.

Uma das instituições que mais se tem destacado no apoio a instituições sociais é sem dúvida o BPI- Fundação “la Caixa”.

A Fundação “la Caixa” é a maior instituição filantrópica da Europa e uma das mais importantes do mundo. Gere um orçamento anual de 500 milhões de euros.

Por via do BPI (que faz parte do Grupo CaixaBank), o orçamento da Fundação para este ano foi de 40 milhões de euros.

E, segundo José Pena do Amaral, membro da Comissão de Responsabilidade Social do BPI, o objetivo é chegar aos 50 milhões.

Boa parte desse orçamento vai para apoiar instituições que desenvolvam projetos que melhoraram a vida a famílias pobres, a crianças, jovens e idosos em situação vulnerável, a pessoas com deficiência.

Só este ano 4,6 milhões de euros (mais 600 mil do que o ano passado) destinaram-se a apoiar projetos, no âmbito da sua política de responsabilidade social da instituição.

Pelo valor e pelo número de pessoas apoiadas em todo o pais, os Prémios BPI-Fundação “la Caixa” são já uma referência no âmbito do Terceiro Setor em Portugal.

Segundo José Pena do Amaral, nos últimos 13 anos, a instituição disponibilizou 26 milhões de euros para a implementação de mais de 800 projetos sociais que beneficiaram cerca de 200 mil pessoas (sobretudo crianças, idosos e pessoas com deficiências) que se encontravam em situação vulnerável.

Em entrevista dada esta manhã à SIC Notícias, José Pena do Amaral, membro da Comissão de Responsabilidade Social do BPI, sublinhou a importância do Terceiro Setor no combate à pobreza e o papel das empresas no campo da solidariedade humana.


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