Guerra Rússia-Ucrânia

Presidente sul-coreano promete laços estreitos com Kiev e "boa relação" com Moscovo

Yoon Suk-yeol reafirma a "posição firme" do país de não fornecer armas letais a países em conflito.

Presidente sul-coreano promete laços estreitos com Kiev e "boa relação" com Moscovo
SONG KYUNG-SEOK/REUTERS

O Presidente da Coreia do Sul prometeu esta quinta-feira cultivar uma "boa relação" com a Rússia e manter laços estreitos com a Ucrânia, excluindo o fornecimento direto de armas.

Seul "fará tudo o que estiver ao seu alcance para prosseguir a cooperação económica" com Moscovo, mantendo-se ao mesmo tempo próximo de Kiev, afirmou Yoon Suk-yeol, na primeira conferência de imprensa que deu em quase dois anos e depois da derrota do Partido do Poder Popular (PPP) nas eleições gerais de abril.

Yoon referiu ainda a "posição firme" do país de não fornecer armas letais a países em conflito.

Na conferência, o líder sul-coreano, há dois anos no poder, prometeu novas políticas para a educação e o trabalho, bem como ajudas para apoiar o equilíbrio entre a vida profissional e familiar.

Pediu, além disso, a cooperação da oposição, que reforçou a maioria no Parlamento após a pesada derrota de abril, para aprovar leis que permitam a criação de um novo ministério para combater a baixa taxa de natalidade no país, ameaçado por uma crise demográfica.

"Durante dois anos, tentámos melhorar a vida dos sul-coreanos, mas não foi suficiente. Nos próximos três anos, vamos ouvir a voz do povo com humildade", disse Yoon, referindo-se à derrota nas urnas e aos três anos que lhe restam no poder.

"Peço desculpa por ter incomodado o povo devido à imprudência da minha mulher", acrescentou, numa referência ao chamado "escândalo da bolsa Dior", surgido na sequência de um vídeo gravado com imagens da primeira-dama a receber uma bolsa Dior avaliada em mais de 2.200 dólares (2.046 euros) das mãos de um religioso.

Yoon escusou-se a fazer mais comentários sobre o assunto, dizendo que não quer influenciar a investigação do gabinete do procurador-geral.

O sucedido pode constituir um crime, uma vez que a lei anticorrupção sul-coreana considera ilegal que um funcionário do Governo, ou cônjuges, recebam presentes avaliados em mais de um milhão de won (cerca de 679 euros) de uma só vez ou um valor acumulado de mais de três milhões de won (2.041 euros) durante um ano fiscal.

O caso voltou à ribalta depois da pesada derrota eleitoral do PPP, juntamente com as alegações de que a primeira-dama também teria cometido um crime de manipulação de ativos da bolsa entre 2009 e 2012.

Em janeiro, Yoon teve de exercer o veto presidencial a uma moção do Partido Democrático para investigar o alegado crime de manipulação de ativos, mas, na sequência do resultado das eleições, a oposição voltou a pedir a abertura de um inquérito especial sobre o caso.

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