Eleições Legislativas

Entrevista SIC Notícias

Coligação de "Montenegro e aliados" tem valores do tempo da ditadura, quem o diz é o PAN

Para o PAN, a coligação entre Luís Montenegro e os aliados foi a "gota de água". As razões são várias. Numa entrevista à SIC Notícias, Inês Sousa Real faz um apelo ao eleitorado.

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Inês Sousa Real considera que Pedro Nuno Santos, do PS, e Luís Montenegro, do PSD, não sabem "ouvir a população". Em entrevista à SIC Notícias que, nesta reta final da campanha para as eleições legislativas, vai entrevistar vários líderes partidários, a porta-voz do PAN alerta que a Aliança Democrática (AD) tem valores do tempo da ditadura.

No hotel em Lisboa onde, esta quinta-feira, acontece o jantar de encerramento de campanha do PAN, Inês Sousa Real reafirma que o partido quer ter um grupo parlamentar de forma a "dar mais força às causas" que representa.

"O PAN é um partido de ativistas, de pessoas da causa animal, ambiental e de defesa dos direitos humanos", salienta.

Questionada sobre possíveis "relações" com o PS, a responsável garante que a única que quer ter é "com os portugueses e com as suas causas".

Em entrevista à SIC Notícias, relata que, durante a campanha, sentiu "insatisfação" nas ruas. As pessoas mostraram "carinho" e "desabafaram" com o PAN, o que tem "dado confiança".

"Nem Pedro Nuno Santos nem Luís Montenegro têm sabido ouvir a população", afirma, acrescentando que "mais um ou menos um" deputado dessas forças políticas "não fará diferença".

Por isso, e dirigindo-se ao eleitorado, lembra que, no dia 10 de março, dia das eleições legislativas, os portugueses "têm de dar mais força" ao PAN.

Inês Sousa Real destaca que não pode haver “retrocessos” em causas como o aborto, referindo-se a "Montenegro e seus aliados". Para o PAN, a coligação é a "gota de água". As razões são várias, mas uma delas é a AD ter "valores de 1970 e não do século XXI, ano 2024".

Quanto ao PS, salienta que "rejeitou quotas" que ajudam as mulheres a participar mais na vida pública e política.

"Precisamos de uma sociedade mais empática, com maior respeito. A vida política não pode estar desassociada da vida cívica", refere.

Questionada sobre as três desistências - em Faro e na Madeira -, Sousa Real diz que os "ciclos internos" têm dinâmicas próprias.

"Sabíamos que tínhamos uma corrente interna que perdeu as eleições. Tem de se saber respeitar o resultado democrático", remata.

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