A opinião é unânime foi um bom debate e correu bem a ambos. Se Paulo Raimundo “tinha um problema ao início” dos debates televisivos, este sábado, precisamente no último frente a frente, esteve “mais à vontade, e com mais capacidade de mostrar as suas ideias”.
“Há um momento interessante que é quando discutem a questão dos salários e o modelo de crescimento da economia portuguesa”, considera Ricardo Costa da SIC.
Já quanto ao argumento da experiência da CDU no combate à Direita, João Maria Jonet considera aliás que apesar de ser “uma resposta recorrente tal como [faz] o Rui Rocha, que tem sempre frases enlatadas, mas quando é o Paulo Raimundo a dizer com a mesma falta de jeito, acham péssimos”. Mas, “fora as frases feitas, destacaria o facto de Paulo Raimundo ter apanhado Pedro Nuno Santos no tema da habitação”.
Há, porém, “um ponto estranho”, na análise de Ricardo Costa. "O PS não usar nesta campanha [um argumento] que é, quando fazes contas aos outros, dizer e repetir que todos estão a prometer coisas que custam muito dinheiro porque o Governo do PS conseguiu equilibrar as contas públicas", mas “aí era preciso elogiar o Fernando Medina”, brincou Jonet.
“Faz-me confusão que o PS não use isto, não digo que dá ou não votos, mas aquilo que fez o PS ir subindo de 2015 para 2019, de 2019 para 2022, mostrar ao eleitorado que conseguia ir fazendo algumas coisa sem pôr em causa as contas publicas”, insistiu Ricardo Costa, vincando que o PS não só devia usar este argumento como “devia dizê-lo permanentemente”.
Pedro Marques Lopes acredita que esse facto se deve "ao temor em pegar na herança dos oito anos porque o discurso no espaço público é constante em relação aos problemas".