Depois de um mês em jejum, os muçulmanos festejam esta quarta-feira uma das datas mais relevantes do Islão. Por todo o mundo, milhões de crentes celebram o Eid al-Fitr, ou seja, a Festa do Fim do Jejum.
A festa marca o término do Ramadão, quase um mês determinado pelo ciclo da lua - daí que todos os anos a data mude, também consoante o local.
O início do quarto crescente - símbolo do Islão - determina o arranque deste período, em que é suposto os muçulmanos não comerem nem beberem entre o nascer e o pôr do sol. A obrigatoriedade não se aplica a crianças, grávidas, idosos doentes ou a viajantes.
Os crentes acreditam que o Ramadão - o nono mês do calendário islâmico - permite maior concentração na fé e, portanto, uma maior proximidade a Alá. Há 1390 anos que é uma das principais celebrações, que dura três dias.
O primeiro Eid al-Fitr foi celebrado, por volta do ano 624, quando, segundo a tradição islâmica, o Corão foi revelado ao profeta Maomé.
Os crentes celebram a vitória do autocontrolo, por se terem suplantado na necessidade básica de comer e beber durante as horas de sol.
24% da população mundial é muçulmana
Boas ações e tempo passado com família e amigos juntam-se à reflexão espiritual e às rezas, este ano muito focadas em pedidos de paz de fim das guerras, em Gaza ou no Iémen.
De Marrocos até à Indonésia, ou em todo o planeta, 24% da população mundial é muçulmana, num total próximo dos mil e 900 milhões de crentes. A maioria em 49 países, com as mais variadas culturas e centenas de línguas diferentes.