Vídeo

Opinião

"A situação da Ucrânia é a questão chave para toda a segurança internacional"

O comentador da SIC Germano Almeida analisa a questão centrada na central nuclear de Zaporíjia e as críticas de Joe Biden a Benjamin Netanyahu, "a confirmação da divergência entre Biden e Netanyahu aumenta a ideia de que não vai haver um acordo”.

Loading...

O Presidente dos EUA, Joe Biden, manifestou-se na terça-feira contra a política do primeiro-ministro israelita na Faixa de Gaza, qualificando-a de "erro", e incentivou os dirigentes israelitas à conclusão de um cessar-fogo. Para Benjamin Netanyahu o mais importante nesta altura é “sobreviver politicamente”, considera Germano Almeida.

Netanyahu está mesmo determinado a fazer a operação em Rafah, apesar do distanciamento total por parte dos Estados Unidos (…) A entrevista ontem do Presidente Estados Unidos é uma confirmação do seguinte: a partir do momento em que Biden diz que está do lado de Israel a necessidade de aceitar o cessar-fogo de 6 a 8 semanas para garantir a entrega da ajuda humanitária, há aqui uma mudança, porque até agora os Estados Unidos disseram que a responsabilidade de assegurar as condições do cessar-fogo estavam do lado do Hamas ao ter que libertar os reféns”.

Recusa da parte do Hamas, achas que ainda há alguma Esperança para um entendimento NOS próximos tempos ou esta a recusa é definitiva, uma vez que já vimos que do lado de Israel, à partida, não teremos grandes cedências.

“Acho que a confirmação da divergência e do afastamento entre Estados Unidos e Israel, entre Biden e Netanyahu, aumentam a ideia de que não vai haver um acordo”.

Central de Zaporíjia volta a estar no centro do conflito

A central de Zaporíjia volta a estar no centro do conflito na Ucrânia e deverá ser ser necessária a intervenção da Agência Internacional de Energia Atómica. Para Germano Almeida é um dado preocupante, “desde novembro de 2022, há 1 ano e meio que não ouvíamos falar num sério, uma séria ameaça à segurança da central nuclear de Zaporíjia”.

“Parece-me haver aqui um aproveitamento russo relativamente ao facto de interessar a Rússia acusar a Ucrânia disto porque, do ponto de vista meramente militar, faria mais sentido que o ataque fosse dos ucranianos, porque são os russos que controlam a central, mas não é de excluir acreditar. Uma narrativa ucraniana, os serviços secretos ucranianos ontem foram muito claros a dizer que isto foi uma pressão de bandeira falsa russa”.

Taiwan e a ameaça chinesa

O enfraquecimento do apoio dos Estados Unidos à Ucrânia é visto também com preocupação por Taiwan. Um receio que faz sentido face à ameaça chinesa deste território.

“Prova que a agressão russa na Ucrânia não tem só a ver com a Ucrânia e nem sequer tem só a ver com a Europa (…) uma declaração que me parece bastante significativa do embaixador taiwanês nos Estados Unidos, Alexander Liu, que numa visita à Harvard Law School, foi muito claro a dizer que a hesitação do Congresso americano de apoiar a Ucrânia preocupa-nos a nós Taiwan, porque se a agressão russa for premiada, isso vai em poderá da China a fazer o mesmo em Taiwan”.

“É a prova que esta situação da Ucrânia é a questão chave para toda a segurança Internacional”.

na.

Últimas notícias
Mais Vistos
Mais Vistos do