A morte dos sete funcionários da World Central Kitchen levou outras organizações humanitárias a suspender as operações em Gaza. Para milhares de pessoas que dependem desta ajuda, as condições de sobrevivência no território são cada vez mais difíceis.
O impacto da suspensão das operações de ajuda humanitária em Gaza por parte de algumas organizações não governamentais é difícil de medir, mas para muitas pessoas pode representar a diferença entre a vida e a morte.
Seis meses depois do início da guerra e do bloqueio total que cortou o abastecimento de água e de eletricidade e limitou a entrada no território de bens alimentares, de medicamentos, de combustíveis e de tudo o resto, a maioria da população passou a depender de ajuda para sobreviver.
A situação pode no entanto tornar-se ainda mais crítica nas próximas semanas, não só pela ameaça da fome generalizada mas também pelo colapso do sistema de saúde.
Com a destruição do Al-Shifa, o maior hospital de Gaza, desaparece um dos alicerces do território, cada vez mais literalmente em escombros. Debaixo dos edifícios destruídos de há milhares de desaparecidos. Abdullah Elouf procura provavelmente em vão o corpo da irmã e de cinco sobrinhos.
O último balanço aponta para quase 33 mil mortes em Gaza desde 7 de outubro. Os familiares de Abdullah, como milhares de desaparecidos, não constam da lista oficial de vítimas.