Fernando está acusado de ser o recetor da droga que Rui Viana, de apenas 21 anos, terá levado de Portugal para Bali em troca de 6 mil euros. Mais de 2,5 quilos de cocaína em estado líquido foram encontrados em três frascos de champô.
Esta terça-feira, à maneira da Indonésia, foram exibidos às televisões, colocados atrás dos investigadores durante uma conferência de imprensa da direção dos narcóticos. O mediatismo foi aproveitado por Fernando para denunciar o que parecem ser marcas de violência.
As prisões indonésias são conhecidas pelas más condições. A extradição dos dois homens para Portugal é possível, mas é uma tarefa difícil. Os tribunais portugueses também poderão emitir um mandado de detenção para os dois suspeitos. Se a droga saiu de Portugal, foi também cometido um crime por cá, o que legitima o pedido para que os suspeitos possam ser transferidos para serem julgados.
"O Ministério Público tem o dever de abrir o processo, tem o dever de pedir extradição. O Estado, com a apresentação do pedido da extradição, pode, obviamente, tentar convencer a Indonésia a tentar extraditar, dentro das possibilidades do caso. Mas tudo isto é difícil”, explicou, à SIC, a advogada Vânia Costa Ramos.
A Polícia Judiciária já disse que está atenta e a investigar de que forma a droga chegou à Indonésia e tenta identificar todos os envolvidos.
Fernando e Rui estão ambos acusados de trafico de droga e, na Indonésia, arriscam uma sentença que pode ir até aos 20 anos de prisão. Se forem condenados, poderão pedir o cumprimento da pena em Portugal.
A diplomacia, que atua, silenciosa, nos bastidores, é também uma possibilidade que pode influenciar a retirada de portugueses, sobretudo de países onde as leis têm mão pesada.
A família de Rui Viana já pediu apoio à embaixada. O apelo emocional também foi feito. Com 21 anos, o futebolista, madeirense, está prestes a ser pai.