Benny Gantz, um dos opositores do primeiro-ministro de Israel, diz que irá demitir-se do gabinete de guerra se o Parlamento passar uma lei que continua a isentar os israelitas ultraortodoxos de combater na guerra contra o Hamas.
"A nação não pode aceitá-la, o Parlamento não deve votá-la. Os meus colegas e eu não seremos membros do Governo de emergência se essa legislação for aprovada no Parlamento", garantiu Gantz.
O antigo chefe militar e opositor de Benjamin Netanyahu juntou-se ao gabinete para ajudar na guerra de Israel contra o Hamas.
De acordo com a agência Reuters, sozinho, o partido de Gantz não conseguirá impedir que a lei seja aprovada. No entanto, o próprio ministro da Defesa do país já anunciou que está contra o projeto de lei.
A lei proposta ainda não foi tornada pública, mas os meios de comunicação israelitas avançaram que o projeto prevê a continuidade da isenção militar para os judeus ultraortodoxos e até a sua expansão.
A isenção militar dos israelitas ultraortodoxos tem sido uma fonte de atrito de longa data no país e agudizou com o início da guerra contra o Hamas, com muitos, incluindo o próprio ministro da Defesa, a defender que todos devem servir o país.