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Rui Tavares rejeita que credibilidade do Livre saia afetada por polémicas nas primárias

No dia em que arranca o congresso do Livre, Rui Tavares aponta que os modelos de escolha de candidatos de outros partidos têm trazido resultados mais negativos.

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O 14.º Congresso do Livre arranca, esta sexta-feira, na Costa da Caparica. Depois da polémica à volta das primárias para a escolha do candidato do partido às eleições europeias, Rui Tavares quer fazer uma reflexão sobre o modelo. O porta-voz recusa, no entanto, acabar com as primárias, que, defende, têm dado provas de serem muito melhores do que os modelos de escolha de candidatos de outros partidos.

A escolha de Francisco Paupério como cabeça de lista ficou envolta em controvérsia. Alguns membros da Assembleia do partido manifestaram dúvidas em aprovar o nome do cabeça de lista, Francisco Paupério, depois de este ter vencido as primárias do Livre com uma quantidade significativa de votos únicos de não militantes. O partido chegou mesmo a suspender as eleições internas, na segunda volta, por causa desta situação e decretou o encerramento do voto aos não militantes, mas, mais tarde, voltou atrás com a decisão.

Questionado sobre se a credibilidade do Livre foi afetada pelo processo, Rui Tavares acredita que não. “Absolutamente nada.”

"O tipo de escolha do PS, do PSD ou de outros partidos já nos deu um Duarte Lima ou um Sócrates e não foi por primárias”, contrapõe.

Rui Tavares pega mesmo em exemplos mais recentes, como a saída de Carla Castro da Iniciativa Liberal, partido pelo qual era deputada, para afirmar que, no Livre, “seria impossível” usar “um esquema qualquer” para atirar alguém para fora das listas.

De qualquer modo, defende que é preciso que os processos internos estejam “afinados e transparentes”, para que não deem “preocupações”,

“É preciso que o Livre não seja só um partido viável, já demonstrámos que é, mas também que seja um partido fiável”, defende, porque “quanto mais um partido se preocupa em olhar para dentro, menos pode responder aos problemas do país.”

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