O PSD está a preparar uma proposta alternativa de descida do IRS para conseguir um consenso no Parlamento. O Governo precisa de se aproximar do PS e do Chega para aprovar a medida. Mas só estará disponível para alterar as taxas. Outras mexidas ficam para mais tarde.
Todas as propostas para a descida do IRS baixaram à especialidade, o que significa que o Governo já não pode propor alterações.
O que o PSD está a fazer, segundo o Expresso, é a trabalhar num texto de substituição que permita chegar a um consenso na Comissão Parlamentar de Orçamento e Finanças para finalmente avançar com as alterações no IRS.
Para isso, o PSD estará a olhar para todas a propostas, sete no total, e a tentar perceber quais podem ser os pontos de concordância para chegar a um texto final que agrade à maioria.
Mas os sociais-democratas parecem estar apenas disponíveis para mexer nas taxas.
E para se aproximar dos dois partidos da oposição, com mais deputados, o Governo precisa de alterar a lógica da redução do IRS que inicialmente tinha proposto.
PS e Chega defendem que o corte deve ser mais expressivo para quem recebe menos.
O Executivo propunha uma diminuição das taxas com maior impacto nos rendimentos mais altos. A proposta do Governo não chegou a ser discutida no Parlamento.
O PSD decidiu fazê-la baixar à especialidade, sem votação, depois de um dia de negociações difíceis e perante a possibilidade de ser chumbada.
Já a proposta do PS foi a votos e recebeu luz verde na generalidade com o apoio do Chega.
O PSD está agora a tentar encontrar um texto final que convença o PS ou o Chega a aprovarem a medida. E para isso os sociais democratas já iniciaram contactos junto das outras bancadas parlamentares.
Os partidos querem que a redução do IRS entre em vigor até 1 de julho.