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Acampamento em faculdade de Lisboa para reclamar fim da guerra em Gaza não afetou aulas

Com esta ocupação, convocada por vários coletivos, os manifestantes juntam-se assim ao movimento estudantil internacional, iniciado em universidades norte-americanas e que se tem repercutido por todo o mundo, incluindo vários países europeus, na América Latina e na Austrália.

Acampamento em faculdade de Lisboa para reclamar fim da guerra em Gaza não afetou aulas
Reprodução Twitter @faeriee_soiree

As atividades académicas decorreram esta terça-feira com normalidade apesar do protesto estudantil pelo fim da guerra em Gaza e o uso dos combustíveis fósseis, que está a ocupar o átrio da Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa.

Oito tendas de campismo foram instaladas esta terça-feira de manhã no pátio do edifício, onde os estudantes colaram faixas e cartazes com as mensagens "Fim ao Genocídio", "Fim ao Fóssil até 2030", "De Lisboa a Rafah, Palestina Vencerá", "Bloco de Resistência Estudantil - Fim à repressão policial", "O nosso futuro acima do lucro fóssil" ou "Eletricidade 100% Renovável".

Numa resposta enviada à Lusa esta terça-feira à noite, Luís Miguel Carvalho, diretor do Instituto de Educação, e Telmo Mourinho Baptista, diretor da Faculdade de Psicologia, referiram que as instituições foram surpreendidas pelo protesto estudantil, que ocupou edifício partilhado por ambas as escolas da Universidade de Lisboa.

"Não foi solicitada qualquer autorização para a realização do protesto", frisaram, acrescentando que "até ao momento não foi posto em causa o normal funcionamento das atividades".

"As direções falaram com os estudantes e clarificaram que, tal como comunicado às nossas comunidades académicas, privilegiam a coexistência da manifestação do protesto com o desenvolvimento das atividades académicas previstas", sublinharam ainda.

Com esta ocupação, convocada por vários coletivos, os manifestantes juntam-se assim ao movimento estudantil internacional, iniciado em universidades norte-americanas e que se tem repercutido por todo o mundo, incluindo vários países europeus, na América Latina e na Austrália.

Catarina Bio, de 21 anos, porta-voz da ocupação, explicou à Lusa que os manifestantes promoveram uma "programação política para explicar como o problema do colonialismo fóssil e o problema do genocídio que está a acontecer em Gaza são exatamente o mesmo: este sistema que coloca o lucro acima da vida das pessoas".

Os estudantes, explicou, estão determinados a permanecer acampados e organizaram-se em grupos de trabalho.

Os protestos continuaram esta terça-feira em várias cidades europeias, como Paris, Berlim, Amesterdão ou Genebra, em alguns casos reprimidos pelas forças policiais e com detenções de dezenas de ativistas.

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