Nuno Melo garante que nas coligações com o PSD o CDS foi sempre leal, mas isso não significa que abdique das singularidades do partido. É a resposta às referências que Pedro Passos Coelho fez esta semana a Paulo Portas. No discurso ao congresso do CDS, este sábado, em Viseu, o líder centrista fez contas para explicar que sem a AD hoje não haveria Governo de direita.
Dois anos, um ministro, dois deputados e dois secretários de Estado depois, Nuno Melo foi a Viseu pedir ao CDS que levante a cabeça e festeje.
A sala pareceu hesitante, mas o líder garante que o renascimento das cinzas foi por direito próprio. E trazia resposta para as queixas de Passos Coelho à confiança num antigo líder do CDS.
Arrumadas as prateleiras partilhadas na AD, Nuno Melo virou-se para o Chega sem nunca o referir, quando sublinhou o regresso do CDS aos lugares no Parlamento e a reposição da placa do partido na Assembleia da República.
O líder, que garante ter falado sempre para todos dentro do partido, diz ainda que o CDS precisa de mais jovens.