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União Europeia elogia plano de Portugal para prevenir discriminação das forças de segurança

Num relatório europeu sobre racismo nas polícias, a agência recordou que o plano português contempla medidas que incluem "estratégias de comunicação para incentivar uma maior diversidade de recrutas, tanto em termos de género como de origem racial ou étnica".
União Europeia elogia plano de Portugal para prevenir discriminação das forças de segurança
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A Agência dos Direitos Fundamentais da União Europeia elogiou esta quarta-feira o plano de Portugal para a prevenção da discriminação nas forças e serviços de segurança, promovendo a diversidade no recrutamento.

Num relatório europeu sobre racismo nas polícias, a agência recordou que o plano português contempla medidas que incluem "estratégias de comunicação para incentivar uma maior diversidade de recrutas, tanto em termos de género como de origem racial ou étnica".

O "plano prevê a nomeação de um responsável pelos direitos humanos" para a Polícia Judiciária, Polícia de Segurança Pública e Guarda Nacional Republicana e "estabelece e reforça os mecanismos de intervenção preventiva em caso de comportamentos discriminatórios por parte dos agentes".

"Em 2022, o primeiro relatório anual de acompanhamento recomendou que todas as forças policiais harmonizassem as suas regras internas em matéria de discriminação, adotassem novas medidas para prevenir comportamentos discriminatórios e promovessem ações de formação sobre a questão da discriminação", destaca ainda a agência.

No relatório, a agência salienta que Portugal é um dos dez países que tem legislação específica sobre "a proibição da discriminação racial ou étnica" e um dos quatro em que a "lei da polícia consagra a não-discriminação entre os princípios fundamentais das suas atividades".

O Plano de Prevenção de Manifestação de Discriminação nas Forças e Serviços de Segurança existe desde 2020 e tem como objetivo o combate ao racismo e a qualquer tipo de discriminação nas polícias.

Foi nesse contexto que a Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) iniciou no ano passado ações de formação junto dos comandantes de postos da GNR e esquadras da PSP sobre o combate a qualquer tipo de discriminação nas polícias.

Coordenado pela IGAI, o plano vincula a GNR e a PSP a reforçarem áreas de intervenção desde o recrutamento à formação, da interação dos membros das forças de segurança com os demais cidadãos e entre si (incluindo nas redes sociais), da promoção da imagem da polícia e comunicação, aos mecanismos preventivos e de monitorização das manifestações de discriminação.

O plano define ainda áreas de intervenção, objetivos e medidas específicas relacionadas com o recrutamento, formação e atuação dos elementos das forças de segurança.

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