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Governo à "busca de consensos", Medina lembra que AD quis "afastar PS do poder"

O ministro dos Assuntos Parlamentares, recentemente empossado, garante que “não há nada inegociável” para o Governo de Luís Montenegro. Pedro Duarte esteve no Expresso da Meia-Noite, frente a frente, com o ex-ministro das Finanças, Fernando Medina.

Governo à "busca de consensos", Medina lembra que AD quis "afastar PS do poder"

O novo ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte, reafirma que o Governo da Aliança Democrática procura consensos para governar, através do diálogo e de convergências “naquilo que for possível”. Já Fernando Medina, lembra que a AD fez campanha a dizer que queria afastar o Partido Socialista do poder.

“O que seria muito estranho é que houvesse partidos que viabilizavam o programa de Governo, mas depois não permitiam sequer começar a sua execução. Não faria qualquer sentido, era até de um cinismo político gigantesco”, defende Pedro Duarte.

Em debate, no Expresso da Meia-Noite da SIC Notícias, Fernando Medina retorquiu que, apesar de ser favorável a “descomplicar relações” e ao diálogo ativo entre forças políticas, não se pode exigir ao Partido Socialista que viabilize um programa do PSD. O ex-ministro das Finanças apontou ainda que as medidas até agora implementadas pelo novo Governo são de “aproximação ao Chega”.

“Luís Montenegro faz aproximação da matéria do seu programa relativamente ao Chega”, afirmou, acrescentando que essas mesmas medidas “têm oposição do PS”.

Criticado por Fernando Medina no que diz respeito às promessas de baixa de impostos, Pedro Duarte respondeu que o programa de Governo, embora “ambicioso”, será implementado. O novo ministro acredita que existem "todas as condições para fazer um grande trabalho com resultados na vida das pessoas".

O ex-ministro das Finanças alertou, no entanto, que “a prudência é a melhor conselheira para quem governa o país e as Finanças”, uma afirmação que mereceu a concordância do ministro dos Assuntos Parlamentares. Apesar de não antever nenhum “diabo”, Fernando Medina advertiu que o Governo terá depois de assumir as responsabilidades.

O ministro responsável por facilitar a comunicação e a coordenação entre o Governo e o Parlamento adiantou que tenciona reunir-se já na próxima semana com a líder do grupo parlamentar socialista, que deverá ser Alexandra Leitão, assim como fará com os outros líder dos grupos parlamentares.

Relativamente à polémica escolha de Carlos Abreu Amorim para secretário de Estado Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte disse que foi uma sugestão sua acolhida por Luís Montenegro.

Carlos Abreu Amorim tem sido polémico, nos últimos anos, sobretudo no Twitter, onde chamou "acólito de Sócrates e "extremista" a Pedro Nuno Santos e "bully boy" a André Ventura. Já também publicou esta ilustração sobre a bancada do Chega e um cartaz a criticar o PS. Mas a maior polémica aconteceu em 2013, quando depois da vitória do Porto chamou "magrebinos" aos benfiquistas. Mais tarde, pediu desculpa. Agora, secretário de Estado, fechou o acesso público ao perfil do Twitter.

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