De facto, ao contrário da acusação que dizia que José Sócrates tinha escondido o dinheiro da corrupção em contas de Carlos Santos Silva, o juiz Ivo Rosa entendeu que o amigo do antigo primeiro-ministro era na verdade o "dono" do dinheiro e que tinha sido ele a corromper José Sócrates.
Entendeu ainda que o crime de corrupção já estava prescrito e por isso só deveria ser julgado por falsificação e branqueamento.
No acórdão desta quinta-feira, a que a SIC teve acesso, o Tribunal da Relação declara nula a decisão de Ivo Rosa e manda o processo regressar ao tribunal de instrução criminal para ser proferida nova decisão instrutória, relativamente a estes factos.
Recorde-se que em janeiro, um outro acórdão do Relação já tinha decidido reverter a decisão de Ivo Rosa quanto à não pronúncia, ou seja, quanto à grande maioria dos factos da acusação que o juiz deixou cair.