País

"Há boas perspetivas para uma próxima campanha", afirma o fundador do Museu do Azeite

A paixão de António Dias pelo azeite levou-o a construir um museu para partilhar os conhecimentos de uma vida. O que nunca pensou foi que, nos cinco anos que o espaço agora celebra, o preço do azeite tivesse aumentado da forma como aumentou.

Loading...

O preço do azeite tem surpreendido, até aqueles que todos os dias trabalham com o produto. O consumo de azeite pelos portugueses já diminuiu e é incerto se os preços vão baixar, apesar da perspetiva de uma boa campanha este ano.

A paixão de António Dias pelo azeite levou-o a construir um museu para partilhar os conhecimentos de uma vida. O que nunca pensou foi que nos cinco anos que o espaço agora celebra, o preço do azeite tivesse aumentado da forma como aumentou.

“Nunca pensei. É realmente um preço elevado para o poder de compra que as pessoas têm”, afirma o fundador do Museu do Azeite, António Dias, quando questionado sobre o aumento do preço.

Segundo o Eurostat, Portugal foi o país da União Europeia onde, no último ano, mais subiu o preço do azeite, em cerca de 69%.

“A campanha cá no país ainda foi razoável, o problema é que os espanhóis vieram e levaram o produto. Este ano até, derivado ao frio e muita chuva, até há boas perspetivas para uma próxima campanha", acrescenta.

Um cenário semelhante nos países mediterrânicos onde o azeite se interliga com a cultura há milénios.

“O ouro líquido é a base da nossa alimentação. Está em permanência, não só na alimentação, mas na cosmética, na saúde. A azeitona é um bem sustentável. Ao extrair azeite vai sempre haver a pasta de azeitona, que tem o chamado de segundo azeite”, diz a diretora do Museu do Azeite, Alexandra Dias.

Preços altos ainda assim com algumas consequências positivas, motivo para que existam olivais a renascer na Bobadela depois da destruição causada pelos incêndios de 2017.

Últimas notícias
Mais Vistos
Mais Vistos do