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Tatuagem pode ser pista para identificar corpo mutilado encontrado no lixo

Vítima é um homem e terá entre 20 e 40 anos. Metade superior do corpo ainda está por encontrar.

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As autoridades estão a tentar identificar o cadáver mutilado encontrado esta terça-feira dentro de um saco de plástico junto a um caixote do lixo no bairro da Lapa, em Lisboa.

Uma pequena tatuagem numa das nádegas da vítima - um homem que terá entre 20 e 40 anos - é, por enquanto, a única pista que a Polícia Judiciária tem para chegar à identificação.

A parte de baixo do corpo, cortado ao meio pela zona do umbigo, foi encontrada durante a madrugada por funcionários municipais que faziam a recolha do lixo. Metade do cadáver ainda está por descobrir.

A rigidez dos músculos das pernas, assim como a ausência de sangue, são sinais de que a vítima já estaria morta há mais de 24 horas quando foi encontrada.

Os restos mortais foram transportados para o Instituto Nacional de Medicina Legal.

“A investigação criminal, neste caso, está sempre dependente da peritagem médico-legal”, explica à SIC Carlos Pinto do Carmo, ex-diretor do departamento de Investigação Criminal da Polícia Judiciária (PJ). “Como sabemos, o Instituto Nacional de Medicina Legal tem meios e recursos para poder responder a algumas das questões da investigação criminal.”

“Isto ajuda-nos também, por um lado, a dar informação sobre o perfil do suspeito, ou seja, se tem conhecimento ou não de anatomia humana pela forma como realizou o corte", acrescenta o psicólogo cínico e forense Mauro Paulino.

As imagens de videovigilância de um hostel que se encontra a poucos metros do local do crime já terão sido entregues às autoridades.

“Pode, eventualmente, existir alguma testemunha que, no momento em que a parte do corpo foi abandonada, possa ter registado algum dado”, aponta Carlos Pinto do Carmo. “O que é preciso é que a PJ tenha uma ponta para poder agarrar e explorar essa investigação.”

Para o antigo responsável da PJ, o mais provável é que o crime tenha acontecido longe do local onde o saco do lixo foi deixado: “O autor destes crimes certamente não queria deixar essa indicação a quem tem que investigar.”

O responsável pela morte deste homem incorre nos crimes de homicídio e crime de profanação de cadáver. O psicólogo cínico e forense Mauro Paulino lembra que todos os dados obtidos pela investigação ajudam a formar o perfil psicológico de quem cometeu este crime.

“Este tipo de atuação está presente nos homicídios que têm uma relação com a intimidade, com o ódio, com a parte dita passional ou sexual e também às vezes associado a crimes de natureza ritualística ou mais sádica."

Até ao momento a PJ ainda não terá identificado possíveis suspeitos.

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