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Depois de "empurrar" o país para eleições, Justiça protagoniza campanha eleitoral

A atuação da Justiça no caso da Madeira foi tema em destaque em dia de pré-campanha do Chega, Iniciativa Liberal e PCP.

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André Ventura diz que o PS e o PSD estão unidos no desejo de silenciar a Justiça. As declarações sobre a atuação da Justiça no caso da Madeira marcaram o dia de pré-campanha do Chega, Iniciativa Liberal e PCP.

O presidente do Chega acusa o socialistas e o social-democratas de quererem silenciar a justiça e diz que é preciso ponderação nas críticas. O líder do partido de extrema-direita relembrou que no caso de José Sócrates já houve decisões revertidas.

"Parece haver uma tentativa em curso dos dois principais partidos, PS e PSD, de quererem silenciar a Justiça, devemos ter cuidado e ponderação nos ataques que fazemos nesta altura. Ainda não sabemos quais as decisões dos tribunais superior, temos de aguardar e respeitar", afirma.

O líder da Iniciativa Liberal, Rui Rocha, considerou que a Justiça "não funcionou" nos interrogatórios aos arguidos alegadamente envolvidos nos casos de corrupção na Madeira, que estiveram 21 dias detidos e acabaram por ser libertados depois do juiz de Instrução ter concluído que os elementos da acusação não justificavam a privação da liberdade.

"Não é aceitável que um Estado abuse dos seus poderes pondo cidadãos, sejam eles quem forem, numa situação ilegal de detenção, isso é completamente inaceitável, e aí a justiça não funcionou", referiu.

Em declarações aos jornalistas na sede nacional do PCP, em Lisboa, após um encontro com o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, Paulo Raimundo foi questionado se considera que a Procuradora-Geral da República, Lucília Gago, deve dar explicações sobre o processo da Madeira.

Na resposta, o líder comunista defendeu que o Ministério Público e Lucília Gago "são os principais interessados em que se criem todas as condições para recuperar a confiança na Justiça".

Para Paulo Raimundo, "é preciso que os cidadãos confiem na Justiça, porque quando a sociedade deixa de confiar na Justiça, deixa de confiar num dos pilares fundamentais da própria democracia".

Para tal, prosseguiu o secretário-geral comunista, é preciso que a Justiça consiga responder de "forma mais ágil e mais rápida" aos "problemas da vida de todos os dias", como "despedimentos fraudulentos, despejos das casas, disputas de heranças entre familiares, coisas triviais da vida".

Se foi a Justiça que empurrou o país para eleições, também parece ser a nuvem que vai continuar a pairar sobre a campanha eleitoral.

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