Os produtores de leite estão descontentes e admitem avançar com novos protestos. Queixam-se da burocracia em excesso para terem ajuda para comprar a comida dos animais.
Os produtores de leite queixam-se da burocracia para se candidatarem ao Ecoregime do Bem Estar Animal. Dizem que esta ajuda já devia ter sido paga no ano passado, mas no início deste mês foram surpreendidos com novas exigências da Direção Geral de Alimentação e Veterinária.
O caso de Miguel Silva
Miguel Silva, um produtor de leite entrevistado pela SIC, vê a vida a andar para trás depois de ter investido mais de meio milhão de euros para cumprir todos os requisitos que carimbam a certificação em "bem-estar animal".
Candidatou-se ao ecoregime e esperava receber uma compensação no valor de 25 euros por “cabeça normal” para financiar a alimentação das vacas leiteiras, mas este prémio nunca chegou.
Os produtores acusam o Ministério da Agricultura de descoordenação e sublinham que têm esbarrado no silêncio e em regras pouco claras.
A SIC pediu esclarecimentos ao Ministério da Agricultura, mas não obteve resposta. Em comunicado, a Associação dos Produtores de Leite de Portugal admite avançar com protestos nas ruas contra a burocracia dos ecoregimes e pede que estas exigências sejam revogadas, por entender que estão fora de prazo.