André Ventura diz que as medidas do PSD não trazem nada de novo ao país e desafia Luís Montenegro a acompanhar o aumento de pensões proposto pelo Chega. Por outro lado, Rui Rocha, da Iniciativa Liberal defende que o mais importante é reduzir impostos. Na pré-campanha dos partidos de esquerda, o PCP acusou os partidos à direita de serem recordistas no corte de rendimentos e o Bloco de Esquerda dedicou o dia ao ambiente.
Rui Rocha visitou um mercado esta terça-feira, onde, com algum esforço, mas não tanto, conseguiu abrir e provar as ostras.
O líder da IL aproveitou para indicar que no mercado da IL, não há aumentos gerais de salários, como defende o PCP.
Em Setúbal há promessas da IL e em Lisboa o PSD também promete, mas André Ventura, que até concorda com as medidas, está focado em atacar.
O Chega ainda não fez as contas sobre como pagar pensões mais altas, mas reconhece que a medida pode custar 8,6 mil milhões de euros.
André Ventura falou aos jornalistas antes de entrar num auditório, que viveu logo de seguida um momento de tensão.
O Chega avisou que a Universidade Católica não permitia câmaras dentro da sala e um repórter do jornal Expresso entrou primeiro e foi avisado para sair.
Depois, três alunos da organização da conferência - que se queria à porta fechada - expulsaram o jornalista à força.
A SIC tentou contactar os estudantes que organizam estas conversas com partidos, mas não obteve resposta.
A pré-campanha à esquerda
A menos de dois meses das eleições, os partidos já estão na estrada, quase todos os dias. Mariana Mortágua, coordenadora do Bloco de Esquerda, foi até à sede da Junta de Freguesia de Figueiró do Campo, em Coimbra.
A líder do Bloco esteve com o Movimento contra a Exploração dos Caulinos que fez alertas para a prospeção do mineral na região que pode ter implicações ambientais e aproveitou as queixas que ouviu para a crítica que trazia preparada para o Governo - que acusou de hipocrisia.
A 170 quilómetros de distância estava o secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo.
Na Casa do Povo do Couço, em Coruche, Raimundo prometeu mais nas pensões para uma plateia de reformados.
Contas certas é o que pedem os 161 signatários de um movimento que faz apelos aos partidos de esquerda.
Pedem compromissos e propostas claras para as próximas eleições, porque consideram que essa é a melhor forma de evitar um 2024. que anteveem como um ano perigoso.
As eleições Legislativas estão marcadas para 10 de março, após a dissolução da Assembleia da República no dia 15 de janeiro.