Um grupo de ativistas pelo clima atirou tinta vermelha contra a fachada da FIL, em Lisboa, onde decorre o evento World Aviation Festival. Os manifestantes protestaram durante uma conferência com a participação do CEO da TAP, Luís Rodrigues, e do presidente executivo da ANA, Thierry Ligonniere.
A tinta atirada não atingiu ninguém. Além do protesto no exterior do edifício, os manifestantes interromperam também a conferência com uma faixa exigindo o final da aviação privada: “É o vosso tempo de pagar, estão a matar-nos! Parem a aviação, parem os jatos privados!”, gritaram.
Pelo menos quatro ativistas foram levados pela polícia, tendo sido identificadas pelas autoridades
Em declarações aos jornalistas, Alice Gato, membro do grupo Climáximo, acusa os gestores das companhias aéreas de serem responsáveis por “milhares de mortes por causa da crise climática".
“A aviação tem de ser reduzida, as emissões de luxo tem de ser cortadas. Precisamos de banir jatos privados, iates, hotéis de luxo, residências de luxo. Estas pessoas [gestores da aviação] estão, neste momento, a matar diretamente milhares de pessoas por causa das emissões que emitem. Nós sabemos que temos de cortar as emissões drasticamente, não há qualquer tipo de dúvida. Estes eventos, estes criminosos não podem passar em branco”, afirma.
O grupo Climáximo recusa que o protesto seja um ato de vandalismo e sublinha que estes “crimes e mortes não podem passar em branco”.
Ministro do Ambiente atacado em palco com tinta verde
O ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, foi, esta terça-feira, atacado com tinta verde durante a CNN Portugal Summit, evento que decorre em Lisboa.
Poucos minutos após o início da conferência, quando o ministro tomou a palavra, duas ativistas do grupo Greve Climática Estudantil dirigiram-se ao palco e atiraram ovos com tinta verde que atingiu Duarte Cordeiro na roupa, enquanto gritavam frases de contestação ao Governo.
"O Governo provou que não quer saber da transição climática ao fazer conferências com a EDP e a GALP", "Este vai ser o último inverno de gás", "Não permitimos que vendam o nosso futuro" e “ A GALP e a EDP não querem saber da transição justa” foram algumas das frases que as jovens gritaram.
As ativistas foram depois retiradas da sala e a conferência interrompida para o ministro trocar de roupa e a sala ser limpa.