Os inspetores da Segurança Social passaram mais um dia no lar "Delicado Raminho", na Lourinhã, de onde estão a ser retirados vários utentes pelas famílias.
O pai de Arlinda e avô de Carina foi inscrito no lar "Delicado Raminho" há nem um mês. Esta terça-feira, mãe e filha vieram buscá-lo.
"Fui burlada pela pessoa que me garantiu que ia ser muito bem tratado", afirma Arlinda Ribeiro, filha de utente.
Esta não foi a única família a vir buscar um utente depois da notícia da SIC e de o Ministério Público confirmar que está a investigar o caso:
"É uma questão alimentar. Há coisas que eu vi que não gostei de ver".
A SIC teve acesso a conversas de WhatsApp que mostram as queixas dos funcionários. Relatam situações em que só havia arroz para comer ou pouco mais do que isso.
A Segurança Social esteve no lar esta terça-feira feira pelo segundo dia consecutivo para apurar em que condições estão a ser tratados os cerca de 60 utentes que pagam 1250 euros por mês para aqui viver.
A Segurança Social está a investigar as queixas dos funcionários que dizem que, muitas vezes, não há sequer papel higiénico e que os utentes chegam a usar papel de jornal. Dizem que os banhos já chegaram a ser dados com baldes de água por causa dos problemas na caldeira e com gel de banho que os funcionários pagaram do próprio bolso. Luvas descartáveis são raras: uma caixa por mês para cada funcionário.