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Alunos fazem apitão nas escolas por melhores condições

Alunos apitaram por obras, comida de qualidade, mais professores, funcionários e psicólogos, mas também pela educação sexual nas escolas.

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Em Lisboa, os alunos apitaram e fizeram barulho durante o intervalo das aulas. Exigem obras, comida de qualidade, mais professores, funcionários e psicólogos, mas também educação sexual nas escolas.

De apitos na boca e apesar da chuva os alunos fizeram barulho por investimentos na escola pública e para chamar a atenção do Governo.

Diogo Brissos porta-voz do Movimento Voz aos Estudantes na Escola Secundário de Camões, afirma que o Governo desilude os estudantes "no que toca a ouvir as nossas reivindicações, uma educação digna e de qualidade que atenda às nossas necessidades".

O aluno pede também uma escola onde "não chova dentro das salas, que tenha aquecimento, que não tenha turmas sobrecarregadas em que haja professores com valorização das suas carreiras".

No liceu Camões, em Lisboa, os alunos queixam-se da falta de psicólogos exigindo que a lei seja cumprida, a quota de psicólogos por alunos.

O porta-voz da escola afirma que no liceu Camões há "1.500 alunos e só há um psicólogo que pouco ou nada atende às necessidades dos estudantes. Devia haver três psicólogos, é suposto ser um por cada 500 estudantes", explica Diogo Brissos.

Mais dois alunos, Luís e Miguel também apoiam o protestos na medida em que os próprios já sentiram na pele a falta de orientação de um psicólogo.

"Por causa da pandemia que tivemos, na escola onde estava não foi possível fazer testes psicotécnicos (...) senti-me completamente desorientado, queria falar com a psicóloga, a diretora perguntou-me se era mesmo necessário (...) porque a psicóloga não tinha tempo (...) tive de esperar um mês", expõe, Luís Gomes, aluno do Liceu.

Também Miguel Duarte, aluno do Liceu, refere que já marcou consulta, mas "infelizmente a linha de espera é vasta, é muito grande e não atende todos os estudantes".

Para além de mais funcionários, mais condições e psicólogos, os estudantes exigem a prometida educação sexual nas escolas.

"A sexualidade é muito importante, há pessoas que andam completamente desorientadas sexualmente (...) precisamos de uma educação sexual mais inclusiva, (...) não só destinada para o cuidado com a contraceção e doenças, precisamos de uma educação sexual focada em todas as orientações sexuais", refere o estudante Luís Gomes.

O apitão nos intervalos repetiu-se em várias escolas do país. A semana de luta dos alunos do secundário termina na sexta-feira.

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