O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, minimizou a ausência de representantes diplomáticos e responsáveis ocidentais na tomada de posse do Presidente russo, Vladimir Putin, que iniciou esta terça-feira o seu quinto mandato presidencial.
"Em primeiro lugar, isso (a cerimónia de posse) é para os cidadãos russos que votaram no seu presidente, todo o resto é secundário", declarou Peskov, descartando a possibilidade do Kremlin retaliar contra aqueles que optaram por não ir às celebrações em Moscovo.
"Não creio que isto seja motivo para retaliar", assegurou o porta-voz, minimizando o facto de, depois de terem sido convidados vários representantes europeus e dos Estados Unidos, "após longas e intensas consultas com as suas capitais, estes terem decidido não comparecer".
Portugal esteve esta terça-feira ausente da cerimónia de posse de Vladimir Putin para um quinto mandato de seis anos como Presidente da Rússia, disse à Lusa fonte do Governo.
Na segunda-feira, o alto representante da União Europeia para a Política Externa, Josep Borrell, apelou aos Estados-membros para que não enviassem representantes diplomáticos à tomada de posse.
"A sua decisão (de não comparecer à posse de Putin) acaba por atingir, principalmente, os cidadãos russos", disse Peskov.
O porta-voz destacou ainda a presença de alguns dos filhos dos soldados russos que morreram na Ucrânia.
"Esses são os filhos dos heróis da Rússia", sublinhou em declarações à televisão estatal russa.
Putin tomou posse para o quinto mandato esta terça-feira
O Presidente russo, Vladimir Putin, no poder desde 2000, tomou esta terça-feira posse no Kremlin, em Moscovo, para um quinto mandato de seis anos à frente da Rússia.
"Juro (...) respeitar e proteger os direitos humanos e civis e as liberdades, respeitar e proteger a Constituição, a soberania, a independência, a segurança e a integridade do governo", declarou Putin, citado pela agência francesa AFP.
Putin disse que liderar a Rússia "é um dever sagrado" e prometeu que o país saíra "mais forte" do "período difícil" que atravessa.
A Rússia está em guerra com a Ucrânia, que invadiu em 2022, e é alvo de sanções internacionais por causa da ofensiva contra o país vizinho.