Há cinco anos que Xi Jinping não vinha à Europa. Chegou a Paris para festejar os 60 anos de relações diplomáticas com França, mas também para tratar de assuntos delicados com Macron, o Presidente francês que teme a morte de indústrias europeias face à concorrência que já considerou desleal levada a cabo pelos chineses.
Mas neste primeiro encontro, em que participou a presidente da Comissão Europeia, o Presidente chinês negou qualquer problema de excesso de capacidade industrial da China que pode estar a inundar o mercado europeu com produtos chineses. Xi preferiu mudar o foco.
"A China considera a Europa uma parte importante da diplomacia com grande países e como um parceiro importante no caminho para a modernização da China. Esperamos que as relações se reforcem mutuamente e prosperem em conjunto".
A Europa quer ver Pequim a pressionar Moscovo para terminar a guerra na Ucrânia. Quem o diz é a própria presidente da Comissão Europeia, Ursula Von Der Leyen.
"Concordamos que a Europa e a China têm um interesse em comum no que toca à paz e à segurança. Contamos com a China para usar toda a sua influência sobre a Rússia para terminar a guerra contra a Ucrânia".
Mediação é o que esperam de Xi Jingping, recebido com pompa e circunstância na visita a França, que termina esta terça-feira naquele que era o destino de férias durante a infância de Macron, as montanhas dos Pirinéus.