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Presidente chinês inicia em França primeira visita à Europa após covid-19

A viagem de dois dias acontece um ano após a visita de Macron a Pequim e Cantão em 2023, num contexto de ligeira aproximação entre a China e a União Europeia, embora ainda existam tensões nos domínios do comércio, da economia e do respeito pelos direitos humanos.

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O Presidente chinês, Xi Jinping, inicia esta segunda-feira em França a primeira visita à Europa desde a pandemia de Covid-19, incluindo deslocações também à Hungria e Sérvia, com uma agenda que deve incluir Ucrânia, comércio e investimento.

O presidente francês alertou para uma possível "morte da Europa" nomeadamente do ponto de vista económico e, portanto, espera-se que existam negociações entre os presidentes dos dois países para conseguir condições mais justas e mais competitivas no que refere ao acesso dos europeus ao mercado chinês.

Neste primeiro dia, decorrerá uma receção em Paris nos Les Invalides, onde estão os restos mortais do Imperador Napoleão e onde são prestadas homenagens de Estado, segundo a presidência francesa.

Além das conversações bilaterais no Palácio do Eliseu e do encontro que juntará os presidentes e a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von Der Leyen, estão previstos encontros económicos sino-franceses no Teatro Marigny (Paris).

Os dois líderes e as respetivas primeiras damas vão, um dia depois, visitar o emblemático Tourmalet, nos Pirenéus, numa altura em que se assinalam 60 anos de relações diplomáticas entre os dois países, acrescentou o gabinete de Emmanuel Macron.

A viagem de dois dias acontece um ano após a visita de Macron a Pequim e Cantão em 2023, num contexto de ligeira aproximação entre a China e a União Europeia, embora ainda existam tensões nos domínios do comércio, da economia e do respeito pelos direitos humanos.

As agências noticiosas internacionais preveem que Xi expresse descontentamento quanto às investigações europeias sobre as práticas comerciais chinesas e mantenha a posição quanto à Rússia.

China e Rússia, uma "amizade sem limites"

A China reivindica neutralidade no conflito na Ucrânia, mas Xi e Putin declararam que os seus governos tinham uma "amizade sem limites" antes do ataque de Moscovo em fevereiro de 2022.

Para Paris, a questão principal deve ser a guerra na Ucrânia, e sendo que "a China é um dos principais parceiros da Rússia", Emmanuel Macron pretende "encorajá-la a utilizar as influências que tem sobre Moscovo para mudar os cálculos da Rússia e contribuir para a resolução deste conflito", segundo o Palácio do Eliseu.

No ano passado, na China, Macron apelou ao seu homólogo para "chamar a Rússia à razão" e pouco depois o Presidente chinês telefonou ao seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, pela primeira vez desde o início do conflito, em fevereiro de 2022.

Porém, os progressos diplomáticos esperados por Paris não se verificaram.Depois da França, Xi visitará a Hungria e a Sérvia, países europeus dos mais próximos da China e também do Presidente russo, Vladimir Putin.

Notícia atualizada às 10h02.


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