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EUA acreditam em cessar-fogo entre Israel e Hamas, sem ataque a Rafah

Norte-americanos propõem uma trégua de um mês e meio, para o Hamas libertar reféns e Israel garantir a proteção dos palestinianos. Depois disso, esperam que possa alcançar-se um acordo “mais duradouro”.

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Os Estados Unidos da América (EUA) dizem ainda acreditar num cessar-fogo entre Israel e o Hamas. Creem que os israelitas não vão avançar com uma ofensiva final sobre o sul de Gaza, sem garantirem a proteção dos civis. Mas, na última noite, as forças de Israel voltaram a bombardear a região de Rafah, onde estão centenas de milhares de civis.

Homens, mulheres, crianças: o bombardeamento fez mais de 20 mortos em Rafah.

“Levar ajuda à população de Gaza é uma prioridade máxima, porque a nossa guerra é contra o Hamas, não contra a população de Gaza”, disse Daniel Hagari, porta-voz do exército de Israel.

Uma declaração em jeito de resposta que chega horas depois de a Autoridade Palestiniana ter deixado um recado ao mundo – e aos Estados Unidos, em particular –, afirmando que só os americanos podem conseguir travar Israel em Rafah.

“Os palestinianos de Gaza estão reunidos em Rafah e basta um pequeno ataque para os obrigar a fugir da Faixa de Gaza. E aí aconteceria a maior catástrofe da história do povo palestiniano”, alertou Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Palestiniana.

A resposta dos Estados Unidos foi dada pelo secretário de Estado norte-americano, que está de novo no Médio Oriente. Esta manhã, na chegada à Arábia Saudita, Antony Blinken afirmou que foram registados “progressos mensuráveis”, nas últimas semanas, “incluindo a abertura de uma nova passagem, o aumento do volume de ajuda para Gaza e dentro de Gaza, e a possibilidade de utilizar um corredor marítimo que será aberto nas próximas semanas”.

“Mas isso não é suficiente”, advertiu.

John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança dos EUA, explica que a proposta norte-americana passa por uma trégua de um mês e meio, para o Hamas libertar os reféns e Israel garantir a proteção dos palestinianos em Rafah.

“Esperamos que, após seis semanas de um cessar-fogo temporário, possamos talvez conseguir algo mais duradouro”, concluiu.

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